Ricardo Lacerda de Melo (Assessor Econômico do Governo de Sergipe)
O editorial do prestigioso periódico Jornal da Cidade de 17 de fevereiro de 2011 tece comentários sobre a mensagem do Governador Marcelo Déda durante a abertura dos trabalhos da Assembleia Legislativa de Sergipe no ano de 2011, sob o título O paraíso não é aqui. No seu direito inalienável de livre manifestação, procura argumentar que aquela mensagem passou a ideia de que a gente sergipana vive no paraíso, quando, assinala o editorial, a realidade dos fatos é outra.
O editorial do prestigioso periódico Jornal da Cidade de 17 de fevereiro de 2011 tece comentários sobre a mensagem do Governador Marcelo Déda durante a abertura dos trabalhos da Assembleia Legislativa de Sergipe no ano de 2011, sob o título O paraíso não é aqui. No seu direito inalienável de livre manifestação, procura argumentar que aquela mensagem passou a ideia de que a gente sergipana vive no paraíso, quando, assinala o editorial, a realidade dos fatos é outra.
O editorial não foi feliz em sua tarefa de avaliação, por não ter conseguido captar o cerne da mensagem ali pronunciada. A mensagem hora nenhuma traçou um cenário paradisíaco sobre a situação econômica e social de Sergipe. Na verdade, a mensagem fez um amplo relato das realizações do Governo de Sergipe no período 2007-2010, como exige o artigo 84 da Constituição Estadual, apresentou a situação das finanças públicas, mostrou os avanços obtidos em vários campos, reconheceu a persistência de problemas na saúde, na educação, na segurança pública e na infraestrutura, e apontou os desafios e os eixos de atuação do segundo mandato popular. Não fugiu dos problemas e das insuficiências das políticas públicas. Renovou, todavia, a confiança de que as dificuldades estão sendo enfrentadas e que Sergipe vai continuar seguindo em frente.
A mensagem tem como eixo central a renovação do compromisso do Governo de Sergipe com a inclusão social dos mais pobres. Mostrou com indicadores concretos os avanços obtidos, alguns deles os maiores já alcançados por Sergipe, na geração de emprego e renda, na interiorização do desenvolvimento, nas políticas educacionais e de saúde, enfim na inclusão social da gente sergipana mais pobre por meio do acesso às políticas públicas e da geração de oportunidades de trabalho - Inclusão pelo Direito e pela Renda.
Não traçou cenário de paraíso. Apresentou, sim, dados concretos de que o número de famílias em situação de pobreza extrema, a exemplo do que acontece em todo território nacional, vem caindo ano a ano, em função do conjunto de políticas públicas adotadas pelo governo estadual, em parceria com o governo federal, e do crescimento da nossa economia. Mostrou também, com dados concretos de conceituadas instituições nacionais, como a Fundação Getúlio Vargas(FGV) e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), que Sergipe tem avançado em indicadores econômicos e sociais e que, pela primeira vez na história, está no seu horizonte erradicar da pobreza extrema as famílias sergipanas que se encontram em tal situação, que são aquelas cujos rendimentos por membro integrante é inferior a ¼ do salário mínimo, até o ano de 2016
Com essa constatação, a mensagem faz um chamamento aos poderes e à sociedade para se somarem a essa missão, que, sintetiza, vai nortear todas as ações do governo nos próximos quatro anos.
O editorial não captou a o aspecto central da mensagem. Perdeu uma oportunidade de engrandecer o debate sobre as perspectivas da gente sergipana, que argumento, têm avançado significativamente nos últimos anos.
Publicado no Jornal da Cidade em 18/02/2011
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