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Praça São Francisco, São Cristovão-SE. Patrimônio da Humanidade

domingo, 18 de novembro de 2012

Homenagem ao Reitor Josué, por José Manuel Alvelos



Publicado no Jornal da Cidade em 28/10/2012 

Alvelos, José Manuel Pinto  - PROAD_UFS_Economia


O senhor “K” personagem de Franz Kafka no romance “O castelo”, busca para o exercício da sua atividade de agrimensor na suposta aldeia, as relações e a estrutura de poderes estabelecidos dentro do Castelo e deste com o mundo exterior.

Recheado de personagens desde o “Conde”, aldeões, aos serviçais da hospedaria, entre acertos e desacertos, tramas e vitórias, ética e valores, vencido a teia das relações humanas e de poder, o senhor “K” dá por findo o seu trabalho, delimitando toda a área, das mais longínquas às do entorno do “Castelo” e quando, à porta da morte lhe é permitido habitar a aldeia à beira do aparentemente impenetrável “Castelo” ele se sente herói. Ou anti-herói?

Este é um belo enredo de como a ficção pode dar conta da realidade do mundo objetivo.

A gestão da UFS sob o comando do Reitor Josué entre os anos de 2004_2012, apresentou os seguintes avanços:

2004
2011/2012
Alunos Graduação
10.217
31.018
Cursos de Graduação
60
115
Alunos de pós-graduação
357
1.908
Cursos de Mestrado
8
38
Cursos de Doutorado
1
8
Grupos Pesquisa_CNPq
76
223
Orçamento_UFS
123.784.429,00
471.143.456,28
Campi
São Cristóvão
Aracaju - HU
Itabaiana
Laranjeiras
Lagarto
Professores Efetivos
461
1136

Foram muitos os embates, propostas, avaliações, alicerçadas na visão de planejamento, para se alcançar os resultados citados nos dois mandatos. Mas estes são os números.

Há fatos qualitativos que transcendem os números: reformas; portarias; projetos pedagógicos; atos normativos; sistemas de gestão (administrativo, acadêmico, de recursos humanos, RNP, etc.) ; projetos arquitetônicos; licitações; empenhos; contratos; órgãos e entidades (NUPEG, CISE, CINTEC, etc.). Enfim a lista é longa.

Mas, sob a firme liderança do Reitor Josué, mediando divergências decorrentes de pessoas com variadas formação culturais, posições políticas/ideológicas e de ciência e tecnologia, muitos colegas há seu tempo e mérito, contribuíram para serem alcançados os números.

Vale citar os Pro Reitores que participaram deste processo:

Arivaldo Montalvão (In-memória)/ Mário Resende, na PROEST; Ricardo Gurgel/ Cláudio Macedo, na POSGRAP; Ponciano/ Sandro/ Paulo Heimar, na PROGRAD; Ruy Belém/ Conceição Vasconcelos, na PROEX; Jenny/ Luiz Marcos, na COGEPLAN; Abel/ Alvelos, na PROAD; Firmo/ Djalma, na PREFCAMP; Roberto Rodrigues/ Teresa Lins, na GRH.

E nas figuras de Juviano e Antônio Alves (Sr. Antônio da Copa) referenciar todos os técnicos administrativos de nível superior e médio que contribuíram para o deslanche da empreitada do Reitor Josué.

Mas será que está finda a obra, como a terra agrimessada pelo Senhor “K” de Kafka?

Ensina Schumpeter no livro “Capitalismo, socialismo e democracia”, que a economia opera em ciclos de expansão, auge e recessão, combinando fases econômicas, políticas e tecnológicas. Portanto, a trajetória nem sempre é ascendente, cabe, sobretudo às pessoas e as Instituições, desenhar a perspectiva do futuro e fazê-la cumprir no tempo datado.

Isto, espelhado nos números, nos atos e fatos o Reitor Josué e seus pares o fizeram.

O tempo presente permite olhar e avaliar o tempo passado e a partir daí prospectar o tempo futuro. Valendo-me mais uma fez do Schumpeter, agora o da “Teoria do Desenvolvimento Econômico” o cito:

“O capitalismo é um processo de destruição criadora”

Portanto, ao futuro cabe o tempo de inovação, avanço, reestruturação, com destruição do velho, tempo de mutação de construir o novo, de novo.

Assim, que no tempo futuro a trajetória seja de ascendência, para a UFS e a sociedade sergipana a partir do legado dos números expostos e de suas variantes qualitativas a exemplo dos Projetos dos Campi de “Engenharias de Estância” e de “Agrárias” em Glória, cobrindo a partir de então todo o interior de Sergipe com a educação pública superior.

Combinemos então assim: deixemos em paz o senhor “K”e sua teia kafkiana e apostemos na “destruição criadora”, porque o legado do Reitor Josué é muito bom. OK?

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