Ricardo Lacerda
O Ministério do Trabalho e do Emprego apresentou os dados de geração de emprego celetistas de 2011, fornecidos pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). Foram criados no Brasil 1.944.560 empregos formais celetistas, sem considerar os vínculos do regime estatutário do setor público. Foi um bom resultado. Ainda que a criação de novos empregos tenha sido 23,5% inferior aos 2.543.177 de 2010, o ano de 2011 apresentou a segunda melhor geração de emprego da série histórica.
Formalização
O ciclo expansivo da economia brasileira, iniciado em 2004, promoveu melhoras substantivas na situação do mercado de trabalho, como demonstra a queda da taxa de desocupação nas regiões metropolitanas de 12,4%, em 2003, para 6%, em 2011, segundo a pesquisa mensal do emprego do IBGE. A melhoria no mercado de trabalho propiciou, entre outras coisas, que o percentual de empregados formais do setor privado nessas áreas tenha passado, nesse período, de 39,7% para 48,5%, mesmo considerando que a porcentagem ainda muito elevada de pessoas na informalidade denuncie a fragilidade estrutural da ocupação no Brasil.
O movimento em direção à maior formalização na atividade privada tem se refletido também em certo descolamento da taxa de crescimento do emprego formal em relação ao crescimento do PIB, em parte por conta da expansão maior de atividades mais intensivas em trabalho, como as do setor de serviços, comparativamente ao setor industrial (ver gráfico). Em 2011, o emprego formal celetista aumentou em 5,4%, frente ao crescimento estimado de 2,9% no PIB.
Fonte: IBGE e MTE-CAGED.
Obs*: Estimativa de mercado para o crescimento do PIB em 2011.
Sergipe
Nos últimos anos, o emprego formal em Sergipe também vem crescendo acima do PIB. Entre 2007 e 2011, o emprego formal celetista em Sergipe apresentou uma taxa anual de incremento de 7,9%, frente à média nacional de 6% e à média nordestina de 7%.