Ricardo Lacerda
O ano de 2015 foi pródigo em números ruins
para o setor industrial. E os resultados somente se agravaram no seu transcurso.
A produção industrial brasileira despencou 8,3%, retração superior mesmo à enfrentada
em 2009, em pleno furacão da crise financeira internacional. O índice de
dispersão da queda do setor industrial alcançou 100%, o que significa que todas
as atividades industriais reduziram o volume de produção, ainda que em graus
bem variados. Em todas elas, com a exceção da fabricação de produtos
alimentícios, a produção continuou caindo no quarto trimestre, em relação ao
terceiro, na serie livre de efeitos sazonais.
A produção industrial despencou porque faltou
renda e confiança às famílias, as empresas investiram menos, adquirindo menos bens
de capital, a depreciação do real encareceu os componentes importados e o
acesso ao crédito se tornou mais caro e mais difícil.
O mercado externo também não foi favorável. As
exportações do setor industrial despencaram 9,2% quando medidas em dólar, ainda
que tenham aumentado quase 10% em quantidade e mais do que isso quando
convertidas em moeda nacional, mesmo descontando a inflação do período, o que
não deixa de ter o seu significado sobre o nível da atividade industrial
interna. O que o setor industrial poderia ter ganhado no mercado externo pela
depreciação do real foi atenuado pela perda de vitalidade no crescimento
econômico na economia mundial e foi muito mais do que contrabalançado pelos
efeitos da queda da renda sobre o poder de compra interno, inclusive aquela
parcela da queda da renda decorrente da depreciação da moeda nacional.
Renda e crédito
Ainda que a retração da produção tenha
atingido a todas as atividades industriais, quatro cadeias produtivas parecem
ter sido especialmente atingidas: a metal-mecânica, liderada pela indústria
automobilística; a têxtil-confecção, incluindo calçados; a cadeia produtiva que
abrange os setores vinculados à construção civil, incluindo produtos
metalúrgicos e fabricação de móveis; e a cadeia eletro-eletrônica.
Nessas cadeias produtivas, quatro entre as
cinco mais importantes na estrutura industrial brasileira, a maioria das
atividades apresentou queda no volume de produção superior a 10%. Em algumas delas
a retração foi muito mais acentuada, como na fabricação de automóveis e na de
produtos de informática.
Aquelas atividades cuja demanda é mais
sensível ao crédito ou ao grau de confiança no futuro foram mais fortemente
atingidas do que as atividades mais dependentes da renda corrente, embora essas
também tenham sofrido quedas acentuadas.
Uso dos bens
A tabela apresentada traz a variação do nível
de atividade dos segmentos industriais segundo o uso dos bens, na comparação
entre 2015 e 2014. Uma primeira observação é que o volume da produção física da
indústria geral acelerou a queda ao longo de 2015, na comparação de cada
trimestre com o mesmo trimestre do ano anterior. Assim, o volume da produção
física da indústria geral se retraiu 5,6% no primeiro trimestre de 2015 em
relação ao primeiro trimestre de 2014. Nessa série, a contração se acentuou
para 6,2%, no segundo trimestre, e apresentou quedas muito mais expressivas nos
terceiro e quarto trimestres do ano, -9,3% e -11,8%, respectivamente.
Em quase todas as categorias de uso, as
quedas do nível de produção se acentuaram na segunda metade do ano, sinalizando
o quão mal o setor industrial está iniciando o ano de 2016.
O volume de produção física de bens de
capital caiu 25,5% em 2015 mas no último trimestre do ano, na comparação com o
mesmo trimestre de 2014, a queda foi ainda mais intensa, 32%. Entre os bens intermediários,
o aprofundamento da crise foi proporcionalmente maior, passando de um recuo de
5,8% no terceiro trimestre para uma contração de 9,6%, sempre na comparação com
os mesmos trimestres do ano anterior.
A queda na produção de bens de consumo não
duráveis não ficou circunscrita ao setor automobilístico. Os demais setores de
não duráveis recuaram 24% em 2015 e seguiram a tendência de acentuar a queda
nos dois últimos trimestres do ano, assim como nas atividades produtoras de
bens de consumo semiduráveis.
O ritmo de retração na produção física dos
bens de consumo não duráveis, mais dependente da renda corrente do que do
crédito, foi quase constante ao longo dos trimestres, recuando 9,5% na média do
ano.
A evolução da atividade industrial nos próximos
trimestres vai depender da evolução dos mesmos fatores que explicaram a queda
acentuada em 2015: renda, confiança, crédito, comportamento do câmbio e do cenário
externo. Até onde a vista alcança, as melhores apostas são de que as medidas de
ajustes serão aprovadas ajudando a restabelecer o nível de confiança e de que
os efeitos de perda do poder de compra decorrentes da depreciação da moeda já
ficaram para trás, enquanto os ganhos de competitividade começarão a serem
sentidos no futuro próximo.
Tabela. Taxa de crescimento do volume de
produção física da indústria segundo o uso dos bens, em relação ao mesmo
período do ano anterior. (%)
Categorias
|
Trimestres
|
2015
|
|||
1º
|
2 º
|
3 º
|
4 º
|
||
Bens de capital
|
-17,8
|
-22,0
|
-30,5
|
-32,0
|
-25,5
|
Bens de capital, exceto equip. de transp. Industrial
|
-12,4
|
-17,7
|
-25,0
|
-28,5
|
-20,9
|
Bens intermediários
|
-2,4
|
-2,9
|
-5,8
|
-9,6
|
-5,2
|
Peças e acessórios p/ equipamentos de transporte
|
-13,2
|
-14,2
|
-21,1
|
-25,0
|
-18,2
|
Bens de consumo duráveis
|
-15,6
|
-12,4
|
-18,9
|
-27,6
|
-18,7
|
Bens de consumo duráveis - exceto automóveis
|
-16,1
|
-12,7
|
-19,6
|
-24,0
|
-18,2
|
Automóveis para passageiros
|
-15,8
|
-13,1
|
-18,9
|
-29,9
|
-19,4
|
Bens de consumo semiduráveis
|
-7,0
|
-8,1
|
-12,4
|
-15,7
|
-11,0
|
Bens de consumo não duráveis
|
-8,1
|
-10,9
|
-9,6
|
-9,3
|
-9,5
|
Gasolinas para automóvel
|
-8,3
|
-7,3
|
-7,1
|
0,4
|
-5,5
|
Indústria
Geral
|
-5,6
|
-6,2
|
-9,3
|
-11,8
|
-8,3
|
Fonte: IBGE: PIM
Publicado no Jornal da Cidade, em 14 de fevereiro de 2016
¡No podría haber cerrado mi primera casa sin el Sr. Pedro! pedro y su equipo hicieron todo lo posible por mí en esta transacción. manejó mi tiempo de respuesta muy ajustado con facilidad y siempre estuvo disponible para mí cuando tenía preguntas (y tenía muchas), incluso cuando estaba fuera de la oficina, ¡lo cual aprecio mucho! él y su equipo manejaron muchos problemas de última hora con el vendedor y trabajaron incansablemente para asegurarse de que pudiera cerrar antes de que expirara mi contrato de arrendamiento (y mi asistencia para el pago inicial). señor. pedro es un oficial de préstamos increíblemente bien informado, cortés y paciente. Revisé un par de ofertas de propiedades antes de mi compra final y Pedro estuvo allí para ayudar con cada una, a menudo coordinando con mi agente detrás de escena. Me sentí apoyada durante todo el proceso. gracias a pedro y los incansables esfuerzos de su equipo, ¡ahora soy un orgulloso propietario! Lo animo a que considere a Pedro y su compañía de préstamos para cualquier tipo de préstamo. # préstamo de automóvil # préstamo de vivienda # préstamo comercial # préstamo personal Sr. Pedro oferta de préstamo correo electrónico- pedroloanss@gmail.com. mensaje de whatsapp: +1 863 231 0632
ResponderExcluir